Namastê Sifudê - Parte 2

Novamente estamos aqui para trazer força e luz para todos aqueles dispostos a chegar num novo patamar de espiritualidade. No presente tutorial, vamos demonstrar uma das mais importantes técnicas da filosofia de vida Namastê Sifudê: COMO FAZER A ABERTURA DO TCHAKA.

Em princípio, devemos criar uma imagem mental de um lugar aconchegante. Um parque, uma praia deserta, uma chácara alugada, uma escadaria de emergência de um prédio, um quarto de motel. Em seguida, podemos imaginar também uma agradável companhia (ou até mais de uma). Se sentirmos um leve tesão, é sinal que estamos preparados para o próximo passo.

Em posição elevação em bronha ou umidade sirirística, masturbe-se levemente até atingir o nirvana orgástico. Essa é uma prática que faz muito bem em qualquer circunstância (menos em público, seu idiota). Inclusive é um método de iluminação tão eficaz que é passível de ser feito em conjunto por meio ou fundo de um 'Tchaka-tchaka', levando a perspectíva maiores, mais rijas e mais dilatadas, uma experiência rolística e meta-a-linguística mais do que edificante.

Entrem em transa sempre.

Namastê Sifudê - Parte 1

No tópico de hoje vamos introduzir um dos trocentos príncipios da mais antiga tradição recente do século XXI. Meus jovens, atentem-se. Vamos explanar aqui sobre o NAMASTÊ SIFUDÊ.

A primeira coisa que temos que ter em mente ao lidar com uma técnica de tamanha complexidade é nada. Esvazie sua cabeça dos pensamentos ruins, e dos bons também, isso é essencial para que alcancemos o desapego necessário que ao mesmo tempo nos faz compreender o sentido de tudo. Ou não.

Em seguida, coloque-se numa posição relaxada, mas não tanto ao ponto de dormir ou peidar sem querer. Você vai sentir a brisa subir pelo seu corpo, mesmo sem ter dado um pega. É dessa forma que você fica pronto para ser ludibriado, digo, tomado pelas energias místicas.

E se nada disso funcionar, tome uma droga. Vai ser a mesma merda, o barato.

Lord Antony: Sonho de Pobre

DESABAFO

Hoje tive o pior pesadelo da minha vida. Uma sensação indescritível. Sonhei que era pobre.

Sonhei que acordava 3:30 da madrugada pra ir pro serviço.
Que era funcionário terceirizado.
Que não tinha carro, ia de condução, e a firma só pagava uma.
Que um nóia bateu no ônibus, e eu atrasei.
Que eu cheguei no serviço, e o colega saiu correndo, deixando um monte de pepino pra eu resolver.
Que a manhã passou devagar.
Que o puxa-saco enrolou de propósito pra atrasar meu almoço
Que comia marmita, e só tinha 4 variações de mistura: ovo cozido, carne moída, salsicha ao molho e chuchu refogado.
Que a marmita tava azeda.
Que voltava pro peão com azia.
Que um VIP fazia uma cagada, colocava a culpa em mim, e o desgraçado do meu chefe dava razão pra ele.
Que a rendição atrasava.
Que o ônibus da volta estava lotado, e o sujeito na minha frente tinha gases.
Que chegava em casa e estava tudo atrasado.
Que morava com a sogra.
Que meus filhos falavam "pobrema" e queriam uma "bicicréta".
Que minha mulher manjava a rôla do vizinho na minha frente, na cara dura (e o maldito tinha a piroca bem maior que a minha mesmo, visível a olho nu).
Que já devia ser corno mesmo, e só não separava pra não pagar pensão, e diminuir ainda mais a miséria que eu ganhava.
Que perdi o Bilhete Único na bumba.
Que era corinthiano.
Que assistia Ratinho.
Que bebia Corote.
Que era um bosta sem solução e tudo ia se repetir no dia seguinte, do mesmo jeito...

HELP-ME!
I WANNA DIE!
#invejososdirãoqueéverdade